quinta-feira, 30 de abril de 2009
Ora e chora!
Ora e chora!
Morre na noite altiva e cheia de escuridão,
Como morre o amor, sem o afeto da paixão...
Tal qual, bolas vermelhas em carne viva.
Ardentes, carentes que só a dor refletem na vida.
Ora e chora!
Enche o espaço desses limites.
Viaja, navega como um
Barco a deriva...
Perdido quebrado.
Aceita de todos os palpites
Transpõe este altar preparado.
Diga o que não existe.
Ora e chora!
Olha tudo feito viúva.
Mostre ,astros mortos no céu,
Que agora precisam de velas.
Paredes frias vagando ao léu...
Porque perdeu-se as luzes.
Diga baixinho: “Amor, fiz o que pude
Mas, nosso amor morreu.”
Ora e chora!
Porque nunca se verá mais isso:
Céu sem lua; universo sem sol.
Que fico aflito e não acredito!
Como se permite que o amor
Não mais amasse?
Lagrimas vermelhas...
Ai meu Deus! Estou triste.
Se tudo podes, por que meu amor matás-te?
Menina
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Asas
O que seria de mim
Sem o brilho do sol,
Quando, só eu vejo o
Que vejo, no fundo desse olhar?
O que seria de mim...
Se duvidasse da polissemia
Que há nos sentidos,
Como a que existe em meu coração?
O que seria de todos os significados,
Se o amor fosse apenas material
E só houvesse essa construção?
Mas é o amor quem nos dá asas.
Que impõe esse brilho...
Que amplia o sentido das minhas palavras
E,que me faz dizer: O que seria de mim se não fosse você?
De Magela
terça-feira, 28 de abril de 2009
Metrópole dos desocupados
Metrópole dos desocupados
Com ilusão construí
A “metrópole dos desocupados”
Bem no meio do coração e,
No meio do nada.
Urbanizei.
Segui padrões modernos...
Dei continuidade...
Mantive permanência.
Sem privilegiar...
Tratei tudo como sublime missão.
Escolhi um lugar com peculiaridade
Que não fosse tão longe não.
Mas, veio a inveja:
Com ela veio também a ruptura,
Que falou coisas furtivas de mim;
Até, destruiu o meu jardim.
Fez tudo parecer indistinto e sem graça...
Até ficar quase mudo.
Mas o universo é imenso...
Só a retórica se encarrega de estragar tudo.
De Magela
Verdade absoluta
A palavra como verdade absoluta
É insuportável.
Abandona a razão...
E, simplesmente dói.
Não suporta o peso
Sem decodificar.
Trazer para si
Qualquer explicação.
A mentira não desanima...
Harmoniza na extrapolação e
Amplia seu conceito...
Sem nada definir direito.
Sem precisar se expor...
Sem regras para sobreviver.
Sem esconder seus medos...
Sem nada para aprender.
É insuportável te amar assim.
Faço de conta que é mentira...
Imagem modelada que silencia
No fim.
De Magela
Desespero
Às vezes, dá um desespero amar assim...
Porque, fico encurralado.
Perdido num lugar escuro do coração e,
Perto do fim.
É ai que o amor aumenta.
Um desejo silencioso há muito guardado...
Tentação que não desgruda e só atormenta.
Quanto mais me contorço, mais o gesto fica calado.
Estreitos são os caminhos da afeição,
Quando ornam exteriores.
Quando o amor é uma razão,
Que não renuncia as suas dores.
Mas, se for só a saudade:
Mulher negra; desesperada.
Que não controla a ansiedade.
Medo (eu) tenho dela.
Por revelar meu conflito.
Por mostrar que está faltando um pedaço...
Por me impor este desterro...
Com desespero me atraco a ela.
De Magela
segunda-feira, 27 de abril de 2009
E de amar você
É só mais uma dimensão...
Como um grande defeito.
Pra quê ficar do outro lado,
Se não vivo direito?
“Não quero porta aberta!
Não quero saída.
Quero ser seu prisioneiro
Pro resto da vida.”
Não posso revelar
Esta vontade de ficar contigo.
Nem saber se um dia acaba...
Como num sonho perdido.
O que quero mesmo é sentir seu corpo no meu.
Bem de pertinho...
Quentinho debaixo do edredom.
Sentir seu beijo no escuro e dizer como é bom.
Quero essa música que cisma em se esconder;
Poesia romântica que me tem tocado.
Essa vontade louca de ficar do seu lado...
E de amar você.
De Magela
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Sol, o mar e você.
Nada no meu acaso me entristece,
Se houver a combinação ideal
Do sol, do mar e de você.
Nada me deixa mais feliz,
Do que ter esses três motivos
Para viver.
O sol combina com minha alegria.
Os mistérios que tenho combinam com o mar...
E você: combina com meu querer.
Assim, nada fica sem sentido.
A poesia desta hora não me deixa esquecer...
Que só existe uma combinação perfeita:
O sol, o mar e você.
De Magela
Perguntava-me, confundido
Em meu esconderijo:
O que houve com o mundo?
E, assim fazendo-me diluído.
Ganhando a imensidão do absurdo e desmentindo rumores.
Tecendo com compaixão...
Aceitando o limite frio deste chão...
Para arrancar ainda mais meus rancores.
Quem se importa, com o que há comigo?
Se a brisa toca meu rosto,
Ou se, deixa-me ferido?
Se, tenho-me de morto ou revivido?
A roupa que a saudade veste é incomum para mim,
Como são estes pensamentos...
Que esperam que ela responda.
Mas, tudo em mim só ouve os seus silêncios.
Por viverem buscando no passado uma forma de insensatez...
Querendo mais que um argumento!
Querendo que volte o tempo...
Em que me beijou pela primeira vez.
De Magela
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Rompe o outono...
Vem cinzento e experimentado.
Num jeito triste como dia sem sol.
Olho nuvens disfarçando e lembro com emoção.
Quando o outono chega assim:
Adormecem as mariposas.
Aquelas que rodopiaram pela noite
Sem afago.
O vento acaricia todas as folhas
E mais uma rosa se abriu.
O amor dele, tem um jeito de acariciar
Que só você sentiu.
Que desconhecido é o outono...
Parece não saber amar direito.
Fica neste abandono
Esperando a primavera do meu peito.
De Magela
terça-feira, 21 de abril de 2009
Encontre os lábios teus
Desejo que o vento leve meus beijos...
São beijos encarnados.
Vivos.
Preparados com desejos
Nas praças...
No altar.
Sentinelas, que são da arrogância discreta...
Que sinto em meu coração.
Beijos soltos durante a noite...
Que vagam a léu...
Como folhas de papel flutuando.
Tormenta de panfletos, riscando o céu.
Desejo que esteja acordada.
Que os beijos ensaiados nesta madrugada...
Sem as maldades dos conflitos que existem nos
Olhos seus...
Gritem numa voz demorada.
E, num súbito momento...
Encontre os lábios teus.
De Magela
sábado, 18 de abril de 2009
O amor de nossas almas
O amor de nossas almas
Entre eu e você
Fica bonito o amor.
Encontro de olhar...
O beijo e a cor.
Um toque que faz tudo arrepiar...
Seja como for, é uma louca sensação
Que nem cabe explicação
Para o louco desejo de amar.
Sua boca chama atenção,
Tudo parece tão bom.
Se existe amor melhor que este,
Não deve ter limite.
O que sei que existe;
Além do amor, que já tenho...
É o amor de nossas almas.
Como, se fizessem partes uma da outra...
A vida grita não!
Mesmo quando o tempo passa...
É o amor que diz no fim
a razão do seu estado de graça.
De Magela e Flavia Bohrer
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Ah! Como eu queria.
Ah! Como eu queria...
Uma brisa no meu rosto.
O frescor de água do mar...
Pássaros cantando sem parar
E o cheiro dela perto e sem fim.
Ah! como eu queria!
Que ela tivesse coração.
Um coração assim:
Como a brisa do vento;
Como a água do mar;
Como pássaros...
Ah! Como eu queria
Que ela estivesse
Tão perto de mim.
De Magela
Brilho solitário
Brilho solitário
É noite. Algo aconteceu...
A escuridão revela a mágoa,
Como um bordado prometendo
Esconder minha lágrima.
Fica somente a impressão
De algo bem guardado.
Fica recortado o passado no coração...
Recalculo, se mereci o amor que senti, ou se menti.
Digo em voz baixa em meio a um soluço:
Não reconheço essas águas!
Tento convencer e reconciliar com o sono que não vem,
Como se nada tivesse acontecido...
È noite. Fecho-me para a vida.
Pedaços delas ainda continuam desfilando pela mente
Não quero pensar!
Não quero entender o que você diz que sente.
Conservar mágoas no coração machuca muito.
Preciso seguir a frente...
Preciso viver. Preciso esquecer.
Alguma coisa tem que fazer sentido.
È assim que abro meus olhos na escuridão.
Quando os abro, algo deixa surpreendido:
Todas as mágoas da vida transformaram-se numa teia, cujo brilho, nem sabia que existia.
Quando se olha para trás, toda tristezas parece uma alegria...
Estou sozinho, de maneira convincente e clara.
Não existe alegação maior que a solidão para me fazer sofrer...
Não devo achar que o dia não ira amanhecer...
Porque a natureza é perfeita; mas a vaidade do amor é maior.
“Quando a vida cria uma situação é porque estamos maduros para enfrentá-la”.
Não vou reforçar esses medos e essas mágoas.
É cedo para propor acordo com a dor e a saudade...
Mesmo sem firmeza e solitário, ajudarei a tecer a vida com as minhas lágrimas.
De Magela
sábado, 11 de abril de 2009
Apagam-se as luzes
Apagam-se as luzes...
Meus olhos fecham-se no silencio do seu beijo.
Não quero voltar desse sonho comum...
Na dor e no amor, sempre, somos um.
O amor que quer ficar grudado em ti,
Até parecer normal.
Amando-te cada vez mais
Sem nada ocasional.
Um apagar de luzes é a vida...
Quando ensina um só desejo.
A vontade mais perdida...
É nesta doçura que a vejo.
De Magela
Quando sua ausência...
Quando sua ausência
Assaltou mais uma vez,
Gemi, gritei...
Chorei.
Percebi com lucidez
Que o amor é sempre doce,
Que passa por despreocupado,
Quando não está apaixonado.
Mas, meu momento tinha gosto de fel.
Ciúme presente - verdade inconseqüente.
Ciúme do passado - de estar do seu lado.
Esmagando a solidão com corpos ao léu.
Gemi. Chorei. Gritei.
Para que nunca ficasse adocicado o coração
Ficasse no amargor da saudade
De quem só tem uma paixão.
De Magela
O quanto já te amei.
Mulher amorosa...
Forma elevada da felicidade.
Não deixe que percebam
Essa capacidade de suportar a espera.
Restrinja seu beijo, faz que erra.
Esfria seu corpo quente.
Fecha seus olhos...
Não revela o que sente.
Porque o amor te deixou pra mim.
Nem como mentira ou verdade certa.
O amor nunca escolheu...
Só deixou a porta aberta.
Ao suportar o sofrimento...
Notará a liberdade com que me abandonei.
Convencido da felicidade em seus braços
Saberá o quanto já te amei.
De Magela
Mourejava
Mourejava entre um pensamento e outro,
Que a eloqüente solidão se aconchegou.
Como algo fulminante...
Impropério que nem avisou.
Mourejava...
Coração insopitável.
Palavra difícil de entender
Desagradável, que não é bom dizer.
Ai essas peias!
Que sozinhas fazem inferências...
Amarram o coração
E meus pés neste chão.
Mourejava para esquecer...
O que este amor faz em mim de verdade?
Mas a solidão explicava assim:
Braga do amor e a vida; é a saudade.
De Magela
Momentosa realidade
Inconfessada é a ansiedade
Que aflora na tarde.
Como grito doido...
Que no fundo do coração arde.
Instinto desequilibrado...
Pela impressão indevida que tenho da flor.
Ansiedade venenosa e com espinho...
Que me faz bandido e menino.
Expõe desinibida, um estagio primitivo da dor.
Do meu desejo inato...
Do meu querer mais profundo:
O seu amor!
Que, se aflora fere.
Se, revelado mata.
Que torna-me intempestivo!
Mas, que me mantém vivo.
Ansiedade que converte a intemperança
Num impulso sem falsidade.
Que faz meu medo não desejar ser amante.
Para querer-te simplesmente numa momentosa realidade.
De Magela
Meu desejo...
Meu desejo...
É uma negação da verdade,
Porque nada tenho a dizer
A respeito da minha dor.
Meu desejo...
Consome-se num lugar distante.
Onde com gosto poderei gritar bastante
Porque lá não ouvirão. Fica parado naquela estação.
Um gostar pode esperar...
Mas ele não.
Agradável, doce e bonito.
Coisa aflita. Por isso, amo mais.
Meu desejo...
Não entende do amor
Vive apressado.
Sem entender esta dor.
De Magela
Irreversível
Irreversível
Fitou-me de volta.
Desta vez, com os olhos duros e profundos.
Que contradição a minha...
Continuava olhando.
Não havia em mim desenho
De outro lugar para ficar,
Do que na profundeza daquele olhar.
Nem saberia aonde ir...
O vinculo com aquele olhar não poder ser quebrado.
Qualquer ausência imprevisível
Aciona um alarme eloqüente
Lufa-lufa. Azafama.
Mania de quem ama!
O amor ficará irresponsável
Carente...
E irreversível.
De Magela
Como água que cai no chão
Como a água que cai no chão
Imagem da certeza que o banho
Com água morna tem.
Água descendo pelo corpo
Encanta e traz leveza.
Deixa a queixa e se esvai...
Num gemido que inicia a boca charmosa.
Magnífico esplendor de encantamento,
Como se fosse o frescor de uma rosa.
Suavidade naquele suspiro que sai.
Lembrança, certeza e leveza...
Redobrada no instante
Em que a água no corpo cai.
Consola-me a lágrima que disfarço com a mão.
Nua e perfumada, rola pelo rosto.
Desejo do seu corpo machuca a saudade...
Que com a mesma suavidade se esvai como a água cai no chão.
De Magela
terça-feira, 7 de abril de 2009
Não adianta a riqueza
Não adianta riqueza
que não se possa ostentar.
Por isso, escrevo.
Disfarço.
Escondo...
Digo que amar é uma pobreza minha.
Já que a vaidade empanzina.
Se esconde, incomoda e fica.
Nada importa a riqueza
Se não houver ostentação.
Impropério.
Excentricidade de viver...
Inimigo reconhecível.
Agresor meu, que inventa vício.
Inverte nossa verdade e a
Sufoca num grito.
Meu amor é pobre.
Em nada se envaidece.
Tão pouco se apresenta orgulhoso
Existe:alimenta e com saudade rejuvenesce.
De Magela
É quase um silêncio só
É quase um silencio só
Quando a noite cai.
Uma necessidade me leva
E faz tudo parecer normal.
Fico quieto.
Ouso um nada dentro de mim...
Ele fica respeitando o desejo
Que me faz te amar assim.
Respeito os olhos da noite...
Por ser a negação desse momento de luz.
Convertido na forma de emoção.
Leva a efeito meu amor.
Empresta brilho da pureza
Numa sensação poderosa.
Respeito o silencio do seu beijo...
Único caminho que me leva onde não quero voltar.
Reviro a sorte, necessito te amar.
De Magela
Ansiedade
Inconfessada é a ansiedade
Que aflora na tarde.
Como grito doido...
Que no fundo do coração arde.
Instinto desequilibrado...
Pela impressão indevida que tenho da flor.
Ansiedade venenosa que com espinho...
Faz-me bandido e com coração menino.
Expõe desinibida, um estágio primitivo da dor.
Do meu desejo inato...
Do meu querer mais profundo...
Do seu amor.
Amor,que se aflora, fere.
Amor, que se revelado, mata.
Amor, que me torna intempestivo!
Mas é o que me mantém vivo.
Ansiedade que converte a intemperança
Num impulso sem falsidade.
Que faz meu medo não desejar ser amante.
Para querer-te simplesmente numa momentosa realidade.
De Magela
Nua e perfumada
Imagem da certeza que o banho
Com água morna tem.
Água descendo pelo corpo
Encanta e traz a leveza.
Deixa a queixa e se esvai...
Num gemido que inicia a boca charmosa.
Magnífico esplendor do encantamento,
Como se fosse o frescor de uma rosa.
Suavidade no suspiro que sai.
Lembrança, certeza e presteza...
Redobrada no instante
Em que a água no corpo cai.
Consola-me a lágrima que disfarço com a mão.
Nua e perfumada, rola pelo rosto.
Desejo do seu corpo machuca a saudade...
Que com a mesma suavidade se esvai - como a água cai no chão.
De Magela
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