terça-feira, 10 de março de 2009

As mãos reinventam



As mãos reinventam

Por curvas suaves deslizam as mãos...
Ficam frias, firmes e se calam.
Não por omissão do que sentir.
Mas, pela escolha de uma instropecção.

O pensamento voa quando se têm olhos e mãos.
A boca não procura mais certezas...
Com uma forma tão coesa,
Surpreende na emoção.

Quantos, dos meus pensamentos deslizam
Nas pontas dos dedos?
Como olhos silenciosos que procuram
Palavras não ditas.

Na imensidão da lágrima triste...
Quantas vêzes essas mãos
Procuram o que não
Mais existe?

Por isso, tenho uma certeza...
Quando minhas mãos
Encontram seu corpo:
Que o meu coração se habita.

Tudo se encaixa.
O tempo se desgasta...
Tudo o que ele tenta...
As mãos reinventam.

De Magela

(Na poesia, as mãos contornam corpos, montes, oceanos, abismos,medos...e tudo se encaixa numa explicação ilustrada que o tempo apaga, mas elas reinventam).