quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A poesia vira carne


A poesia vira carne

Vira carne a poesia...
Assume realidade de intenção.
Fica tão presente, quando o amor toma forma...
Que nem reconhece o coração.

Versos caminham pelo meu corpo...
Banheira cheia de espuma.
Sonho que se sonha acordado...
Rima comigo para sempre; por favor, não durma!

Faz-me surpreendido.
Fala baixinho no meu ouvido...
Nosso êxtase esta fora do lugar.
Boca tocando boca; ensina a pecar.

Seu verso me toca a pele...
Respiro ao fundo. Sinto meus medos...
Tocam meu rosto, num gemido
O clarão da lua e seus cabelos tão negros.

De Magela


(Livro - Poesia para a lua)