quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Nunca a solidão foi tão perfeita


Nunca a solidão foi tão perfeita

Não conseguia dormir...
O vento ecoando pela casa.
Fazendo-me arrepender
E querendo ter asa.

Senti espasmo de pânico
Olhando tudo com olhos infantis.
Mentindo numa seqüência
Fazendo parecer verdade.

Me abracei desajeitado
Com um braço só...
Nunca fiquei tão sozinho assim,
Nem em sintonia com pessoas.

Às vezes me perguntava se via com todo mundo,
Se nunca ligava para o problema...
Só o efeito.
Por que tenho que ser perfeito?

Minha casa desaparecia...
No fundo do quarto um ruído constante de chuva.
È difícil viver assim, e sempre a espera
Que ela vire um chuvisco silencioso.

Olhava ela caindo...
E a ouvia trazendo toda condenação para mim.
Os olhares que a chuva me atirava pareciam de inveja.
Ainda bem que, só durou um segundo de frio.

Nunca fiquei tão sozinho.
Nunca me senti tão amargurado.
Nunca a solidão foi tão perfeita!
Depois que a lua partiu.


De Magela