quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Não sei que nome dou a minha paixão


Não sei o nome que dou a minha paixão


Muitas coisas carecem ter nome
Se não, teremos que apontá-las.
Desatada é minha imaginação,
Numa aflição que não consigo separá-las.

A lágrima que choro agora
Não tem nome.
É mensageira traiçoeira
Que atravessa serra

Vai parar naquele lago
Deixando-me desabitado,
Tormentoso, desesperado...
Que tira o ânimo.

A lágrima que choro
Não incomoda ninguém não
Mesmo roçando horta...
Taioba, mandioca e inhame no chão.

Que nome vou dar para esta catástrofe
Que me tem de vencido e me acha
De enxada na mão?

Envelheço numa rapidez assombrosa...
A comida, sei o nome e tiro com a mão
Mas deste amor eu não sei nada não!
Não sei o nome que dou a minha paixão.

De Magela