quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
O amor tem seus medos
O amor tem seus medos,
Seus sacrifícios...
E alguém sempre
Sofre no final.
Verdade absoluta para corações errantes,
Cuja solução é bem simples:
Viva o momento.
Porque nada será como antes!
Nunca haverá aquela explosão silenciosa,
Isto para nós, é melhor que sermos balões coloridos
Que nunca chegarão ao céu...
Flutuam, mas não se mantém.
Vivem escondidos
Presos por juramento
Perdem-se num encantamento
Que a verdade esconde.
O amor sempre escapa pelos dedos,
Amar assim é um tormento!
Mas, nos somos arrogantes.
Amar tão somente não é o bastante!
De Magela
Lua, cordão, coração, não!
Blusa preta cavada...
Muito calor, ninguém pode falar nada!
Dobrei o banhando buscando sentido...
Improviso, sem mostrar o umbigo.
Sem amarras de manhã...
Só limonada no lugar de hortelã.
Casa arrumada água na chaleira...
Que besteira! Não gostei do sultien.
A capri perdeu a cor...
Lavei, cismei, levei um choque!
Jeans tem que variar...
Pensando assim, dele fiz um short.
Cabelo preso, glenda no pé...
Óleo de maracujá,
Preciso perfumar.
A cor do esmalte tem que ser café...
Tornozeleira: olhe se quiser!
Vou sem alvoroço; nem ligo para o que disser.
Carrego lua e cordão para lembrar com devoção,
Todas às vezes, que a vida disse: lua,cordão,coração,Não!
De Magela
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
As árvores da Praça da Sé
As árvores na Praça da Sé
As arvores estão silenciosas...
Na conversa com o vento,
Elas se calaram.
São sensíveis...
Não rancorosas,
Perdoam.
E se esquecem!
Como um amor
Imenso.
Que de repente
Cala-se.
É o tempo
Que para ao dizer ao mundo
O quanto quero...
Calaram-se as palavras,
Porque meu amor ficou sincero.
Assim, vivo me perdendo em pensamento.
As árvores silenciosas da Praça da Sé
Ouvem-no e calam-se!
Sensível, como eu...
Perdoam!
De Magela
As arvores estão silenciosas...
Na conversa com o vento,
Elas se calaram.
São sensíveis...
Não rancorosas,
Perdoam.
E se esquecem!
Como um amor
Imenso.
Que de repente
Cala-se.
É o tempo
Que para ao dizer ao mundo
O quanto quero...
Calaram-se as palavras,
Porque meu amor ficou sincero.
Assim, vivo me perdendo em pensamento.
As árvores silenciosas da Praça da Sé
Ouvem-no e calam-se!
Sensível, como eu...
Perdoam!
De Magela
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
As lágrimas de Potira
Lágrimas de Potira
Muito antes dos brancos atingirem Góias
Na busca por pedras preciosas...
Iam por aquelas partes muitas tribos indígenas vivendo em paz,
E numa dessas, Potira formosa e o jovem guerreiro Itagibá.
Era costume casar cedo.
Quando ela chegou na idade do casamento, ele se fez guerreiro.
Não havia como negar que se amavam e tinham se escolhido.
Uniram-se com muita festa e sem disputa de outros guerreiros.
Corria o tempo tranquilamente sem que nada perturbasse os apaixonados,
Quando Itagibá, saia com os demais para caçar, tornavam se mais unidos.
Era admirável!
A alegria de seu reencontro.
Um dia, no entanto, o território foi invadido
Itagibá teve que partir com os outros para a guerra.
Ela ficou contemplando as canoas que desciam o rio,
Não chorou como as mulheres, por não saber o que sucede numa guerra.
E todas as tardes, ia para abeira do rio numa espera paciente,
Alheia aos afazeres e algazarras constante das crianças.
Esperando ouvir o barulho dos remos batendo na água,
Uma canoa despontar na curva do rio,
Foram muitas tardes iguais...
Com dor a saudade aumenta mais um pouco.
Até que no canto da araponga uma canoa voltou para anunciar:
O guerreiro não mais voltaria e pela primeira vez ela chorou.
Sem dizer uma palavra ficou à beira do rio,
As lágrimas que desciam do seu rosto sem cessar foram ficando solidas e brilhantes no ar antes de afundar, Tupã condoído por seu sofrimento transformou as lágrimas em diamantes para perpetuar o amor que não se acabou.
De Magela
(Adaptação de lenda Indígena extraída de Conto e Lendas de Amor. São Paulo, Ática, 1986)
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Quando o guerreiro cede
O acaso e o amor...
Sombra doce que vaga a procura de campos e flores,
Da chuva que só acontece na alma...
E se eu te amar agora; é acaso. Mas se casar contigo é destino!
Destino é o senhor de tudo.
Grande guerreiro que com nada se importa...
Despreza momentos de fraqueza e solidão.
Valoriza o que consigo dominar em meu coração!
Para alguns, acaso, destino e amor são coisas que vivem escondidas!
Não tendo rumo certo, necessitam de alguém que os viva;
Efeito natureza, na existência escondida.
É quando o guerreiro despreza, luta, perde e cede...
Ficaria meu amor a se vangloriar, por dominar essa guerra...
De acaso, do destino e da vida?
De Magela/Carmem Teresa Elias
domingo, 2 de dezembro de 2012
Rezei
Rezei
Rezei para que o mundo mudasse,
Mas só eu mudei.
Rezei por mais confiança...
E me desesperei.
Rezei para que a felicidade fosse suficiente,
Mas percebi que o ego do homem é insatisfeito...
Rezei para aceitar tudo incondicionalmente,
E sem saber plantei nova dor em meu peito.
Rezei para ter um amor...
Um que fosse alma gêmea da minha,
E fui percebendo que há um milagre na vida;
E sou eu quem primeiro precisa amar.
De Magela
É por metaforas que escrevo sonhos para nós.
Crio lugares...!
Desenho na sutileza de um amor
O que só se traduz nessa entrega.
Velas acesas em garrafas vazias de vinho...
E nem uma chance do teu sorriso.
Só restando a certeza...
Escrever sobre tudo, omitindo a clareza.
Metáforas para realçar tua beleza!
No amor, alguns fogem do que é trivial
Fugindo do sentimento, nao sabem
Que nessa benção que se mantém a leveza.
Por te amar, meu coração cria os ventos frios
Nas noites solitárias de murmúrio do luar...
E por metáforas vou seguindo
Até o amor se acabar.
De Magela/Carmem Teresa Elias
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Se for saudade te dou um beijo
Olá! Tristeza.
Como está hoje?
Quais sentimentos acometem?!
Seriam novas paixões...?
Mas, paixões a gente esquece.
Com quais idéias iria rebobinar emoções...?
Divagações incandescentes:
Aquele "hoje" apertado
Que incomoda os corações...?
Ousaria dizer que o sentimento da gente
Pende para um lado transcendental.
Ousaria viver alucinado, mudando o sentido de tudo
Dizendo que não é seu esse mal!
Aparta disso!
Para viver bem é preciso ter desejo.
Sentimentos, todos são passageiros...
Vê se esquece; se for saudade te dou um beijo!
De Magela/Carmem Tereza Elias
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Acasalamento
Acasalamento
Há situações que não devo mostrar...
Luta minha, em toda entrega por que devo passar.
Medo, silêncio de ficar sozinho, fracasso...
Oceanos misturados que, às vezes, não levam a nada!
Vencido por capricho...
Por esta primeira vez, em que a batalha foi intensa, devo repensar...
Se a maior riqueza que tenho é a tua companhia...
Ou, se é o mar?!
Se vale a pena uma espera infinita...
Na profundidade-jubarte...?
Sentindo o meu amor tomando proporções gigantescas,
Que acariciando com nadadeiras, posso voar!
Peitorais sobre o dorso,
Arrepiando por essa nova intenção.
Corpo a corpo...
No mar tudo é arrependimento, e uma só emoção!
De Magela
Mais longe
Melhor mais longe...!
Como se fôssemos alçar de uma só vez o vôo !
O vôo de transbordar nuvens, feito para amantes
Que verdadeiramente acreditam no amor.
Quanto mais longe melhor!
Por contrariar as conseqüências!
Por calar a boca!
Por simplesmente exceder!
Para os que vivem de poesias,
Um vôo é simplesmente imaginar.
Mas para quem te ama como eu...
É mais que te sonhar... É o que vem depois de sonhar!
Foi ai que peguei uma gota da chuva que caía...
Emoção repentina, saudade vencida,
A chuva pode incomodar tantos corações!
Ao mesmo tempo faz o milagre de explicar as emoções.
Tejo!
Trás-os-Montes!
Toledo!
Voaria o mundo, indo mais longe ainda.
Guardo toda vontade nesse sonho louco de estar com você
Faço da poesia minha nuvem branca...
longe, lá longe no céu, solto minhas palavras em tuas mãos
Para que o próprio céu se exceda em mais uma ilusão.
De Magela/Carmem Teresa Elias
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Em tuas mãos
Entre tuas mãos
Ainda que fale por palavras de vento e mar,
Da maneira que só a solidão consiga ouvir...
Ainda que o sonho seja perfeito!
E que na quietude, entre tuas mãos, ele possa dormir...
Ainda que em céus e defeitos,
Vague o equilíbrio pensativo pelo romper de mais um dia,
Quando o sentimento só se consola com o espanto
De tê-la em meu peito perto tantos feitos.
Mas é assim que te amo!
Envolvido em brumas de saudade,
Como a suavidade da brisa do mar.
E esses, que despertam no silencio das mãos cansadas...!
Que na profundeza projeta deserto e morro
Nada sabem das lágrimas que (por ti) ainda choro.
De Magela e Carmem Teresa Elias
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Lua azul
Diferença no meu tempo,
Como a cadência nas passagens dos meses...
Acerto nas passagens entre os ciclos menores do ano solar,
E teus olhos aparecem-me assim, como lua azul.
Divisão de onze dias acumulados levando a mais um ciclo,
Mais uma lua cheia.
Exceção do fevereiro meu...
É possível dizer que não me esqueceu...?
E na tua saudade, é possível que ainda esteja o teu brilho azulado,
Contradições da vida... Porque ainda não estas do meu lado!
Condições atmosféricas apropriadas em agosto...
E vai o vento dizendo seu nome...!
Falando baixinho, sussurrando, carregado das saudades
Que em versos me doem tanto.
De Magela
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Nosso Varal
Quero falar sobre teu ciúme;
Exibi-lo em um varal,
Junto ao queixume,
E tudo que nos faz tanto mal.
...
Ideias loucas que assustam, como pendurar o amor em cordas no quintal.
Falta de tempo e de sintonização!
Pelas roupas íntimas a nos vigiar,
Como se fôssemos casados na intimidade de textos!
Palavras não se penduram num varal...!
Valorizadas seguem a versatilidade do ciúme e de queixumes...
Mesmo sem o querer de apenas uma forma de harmonizar,
Um cesto de roupa suja em nossa vida teremos que lavar.
Formalidade e frieza dançam conforme a música...
E a chuva que vem depressiva, lavando as palavras que se havia estendido.
Releve! Torça o verso para retirar o excesso.
Ao que ainda queremos neste universo, junte a sobra do amor!
De Magela e Carmem Teresa Elias
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
“Os caminhos de Deus não são os nossos!”
Capim tapando os pés...
É na confusão da pradaria; tiririca, gordura e barba de
bode.
Nem me lembro do meu pé na terra macia...
Modernidade: pisar no chão ninguém mais pode.
Chuva se atrasou... Poeira, maritacas, minuano soprando
forte.
Olhando a esmo a tarde dá saudade...
E quando vinha parecia velhice:
Talvez ciúmes no pensamento que ainda não disse.
Lembro da confusão que fiz no acaso:
O “Macáia” havia passado, as andorinhas já tinham revoado...
Eu na varanda pitando paz, indo embora com os pássaros do
céu.
Sentindo de lado o sobejo dela...! Se a morte estivesse ali,
seria uma vaca amarela.
Dei-me de achado num outro lugar...
Tudo bonito, feito silêncio! A noite ali não tinha boca, nem
as trevas do pensamento...
De repente! Repentinamente, vi Deus na minha frente.
Todinho de branco: branquinho até os dentes!
Quando o capim esta alto faz a gente duvidar. Cisma ruim é a
de se pensar.
Será que estava no inferno...? Que lugar seria aquele?
Resolvi perguntar.
Senhor! Este caminho é meu? Já cheguei ou ainda devo
caminhar?
Falei mas minha perna tremeu.
“ Os caminhos de Deus não são os nossos, meu filho”. Esta na
hora de voltar. Ele respondeu.
Voltei.
Vim por um tubo! Deslizando no além para chegar sentado numa
cadeira velha com seu trançado e que vagarosamente foi parando de balançar.
Parecendo tudo saber...
Cheiro de café – sabe como é: café faz acordar. Se for do
bom faz a gente até delirar.
Notei que a tarde ia embora...
Deixou a lua e me espiar.
Ah! Mocidade traiçoeira de que tenho de lembrar...
Eu e a lua. A lua e eu...
Quem nesta vida mais importância me deu...?!
De Magela
segunda-feira, 23 de julho de 2012
E, talvez, seja um dia breve
E, talvez, seja um dia breve...
Teu amor é febre sem nome...
Um remate qualquer na vida de alguém.
Que, às vezes, é um descimento de olhar piedoso,
Propício ao nascimento da felicidade.
E talvez, seja um dia breve...
Obscuro pelo ciúme da noite...
Compassivo!
Tormento! Pela espera de milagre.
Bem tem desmentido o tempo:
Dizendo que essa emoção não me leva mais.
Como se com morte pudesse encerrar o que só eu sinto...
Auguraria da promessa que fiz sincero e crente:
Amo-te até o fim, mesmo que seja impreciso nosso infinito!
Mesmo que o amor se torne inconseqüente!
De Magela
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Tua saudade ainda é bela
Tua saudade ainda é bela
Me fala que não me esqueceu?!
Que ainda arruma as carteiras, após as aulas,
E faz delas o seu trem...?
Ainda separa meninos e meninas antes que a viagem comece?!
E à noite...?
Lá estarão todos à mesa, fixados na mesma oração?
Da mãe, o mesmo sorriso, sopa, frio e a certeza:
Há muito amor em seu coração.
Chego agora em qualquer lugar...
Vou consertando a estrada do meu caminho,
Mas noto que é só poeira e cansaço...
Sem um minuto sequer de emoção, ou de um abraço.
Vou indo por aqui...
Ouvindo os sabiás que gostam de cantar.
Cantam bem cedinho perto à janela...
Parecem avisar que a saudade tua ainda é bela.
De Magela/Teresa Cristina Flor de Caju
Me fala que não me esqueceu?!
Que ainda arruma as carteiras, após as aulas,
E faz delas o seu trem...?
Ainda separa meninos e meninas antes que a viagem comece?!
E à noite...?
Lá estarão todos à mesa, fixados na mesma oração?
Da mãe, o mesmo sorriso, sopa, frio e a certeza:
Há muito amor em seu coração.
Chego agora em qualquer lugar...
Vou consertando a estrada do meu caminho,
Mas noto que é só poeira e cansaço...
Sem um minuto sequer de emoção, ou de um abraço.
Vou indo por aqui...
Ouvindo os sabiás que gostam de cantar.
Cantam bem cedinho perto à janela...
Parecem avisar que a saudade tua ainda é bela.
De Magela/Teresa Cristina Flor de Caju
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Só uma vez na vida
Em minha infinita tristeza,
Acontece que me escreves...
Mesmo distante sei, que de lembrança em lembrança,
Tanto um verso, uma palavra pode dizer.
E vai por aí, meu amor, na saudade...
É como água de um rio e na adversidade,..
Que podes tocar, encantar-se e, maldizer,
Mas nunca poderás conter.
Como as águas que vivem livres e soltas...
E que em muitas vezes são prantos sem guarida,
Ah! Amar como eu te amo, é só uma vez na vida.
Relendo-te refaço o sonho...!
Amando-te, perco-me no controle da emoção,
É assim que as palavras gritam em meu coração.
De Magela/Teresa Cristina Flor de Caju
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Festa à São Benedito
Ontem na Penha...
Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário,
Comunidade dos homens pretos,
Teve festa a São Benedito.
Congada, maracatu, Congo de Mina, cânticos em oração.
Pequeno rancho de pessoas ali se aglutinava...
Na alegria dos rostos: negros, brancos, bolivianos,
E transeuntes curiosos pela movimentação.
Em uma das famílias negras, a filha perguntava ao pai:
Aquela criança que São Benedito carrega é o menino Jesus?
- Alguns devotos acham que sim, mas ela é a representação
De seu primeiro milagre.
São Benedito era escravo, tinha boa cabeça,
Tanto que o Sinhô deixou-o escolher o que queria ser.
Escolheu ser um franciscano e para lá foi entregue.
E aprendeu sozinho a ler...
Trabalhava na cozinha e escondido ajudava os pobres
Pegava a comida que sobrava e distribuía...
Certa vez, uma senhora com um menino doente
Já desenganado, uma cura lhe pedia.
Eu não curo minha senhora!
Quem cura é Deus, assim ele dizia.
Vamos ajoelhar e pedir com fé
Que Deus haverá de curar.
Com o menino nos braços
Fechou os olhos e pediu
São Benedito é reza forte: quando parou de rezar o menino
Estava sentado em seu joelho, e para ele sorriu.
De Magela
(Dedicado a Vó Dora)
domingo, 20 de maio de 2012
Amor e desejo são venenos
Amor e desejo são venenos
Quando juntos estão,
Além da distorção que fazem,
Deixam estragos no chão.
Um beijo molhado pode estar cheio de veneno...
E não causar estapafúrdia! Amor perto do desejo enche de defeitos...
Tudo distorce. Diz que não tem culpa e que não faz como a ilusão!
Só magoa a verificar a intenção...
Faz-se de humilde...
Diz-se descrente.
Diz que vive preso...
Que é carente!
Amor torna o desejo sequioso,
Como carinho que não sabe dizer adeus...
E quando o desejo excede e quer terminar,
Passada a euforia, o que fica e um nó peito.
E ai que o amor faz doer...
Começa a chorar.
Mas já o desejo...
Desejos são ingratos, logo estão em outro lugar.
De Magela
Rapsodos
Contadores de histórias
Populares em seus versos simples
E sem forma.
Que se dirigiam ao povo
Ao invés de guardar a prosa
Em mosteiros a sete chaves.
Experiência viva que dramatiza a vida
Disfarces dos anjos, para que a população,
A linguagem admirasse.
Historia sem imagem...
De onde nasce o teatro.
Nobreza do artista ambulante e dos versos populares.
De Magela
Dor
Palavras prontas,
Preparadas há muito tempo
Por quem gosta de escrever demais.
Passados... Alegrias, nostalgias e tudo mais!
Porta aberta de alguém que lá deixou algo preso...
Olhar de fato, por rever sem conter todos os termos.
Se falei, falei de meus medos e tristezas,
Coisas que para o mundo, há muito o quê falar.
Ninguém repararia novamente em mim se não fosse assim solitário,
E o fracasso no amor, dessas coisas que se dilui mais ou menos...
E que para consertar – não dá mais tempo.
Já que a vida ficou fechada em uma gaveta qualquer do coração.
Superficialidades, esconderijos...
Histórias fatídicas alem do que preciso.
Por isso, quando te ouvi falar,
Lembrei do tanto que guardava, até ficar assim.
De Magela e Carmem Teresa Elias
Palavras prontas,
Preparadas há muito tempo
Por quem gosta de escrever demais.
Passados... Alegrias, nostalgias e tudo mais!
Porta aberta de alguém que lá deixou algo preso...
Olhar de fato, por rever sem conter todos os termos.
Se falei, falei de meus medos e tristezas,
Coisas que para o mundo, há muito o quê falar.
Ninguém repararia novamente em mim se não fosse assim solitário,
E o fracasso no amor, dessas coisas que se dilui mais ou menos...
E que para consertar – não dá mais tempo.
Já que a vida ficou fechada em uma gaveta qualquer do coração.
Superficialidades, esconderijos...
Histórias fatídicas alem do que preciso.
Por isso, quando te ouvi falar,
Lembrei do tanto que guardava, até ficar assim.
De Magela e Carmem Teresa Elias
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Falta lucidez para explicar meu verso
Tolhe, machuca e embaça!
Nitidez de existir que a solidão maltrata...
Perdido em ausência no espaço infinito,
Átomos e células taciturnas procuram o teu corpo,
E a essência da tua alma.
É na saudade que falta a imensidão!
No momento negro de quem tem um amor.
No calor e no brilho da estrela que se entrega finita...
Falta de lucidez para explicar meu verso!
É nesta hora derradeira que me falta o teu corpo!
É que me falta desculpa...
Na imprecisão de matéria!
E da compreensão mais oculta.
Quando sua ausência subjuga com realidade!
Quando o brilho de teus olhos parece profano!
Perdido na imensidão desse espaço...
Eu grito desesperado o quanto ainda te amo!
De Magela/Carmem Teresa Elias
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Ao teu lado
Ao teu lado
Ao seu lado
Vou a qualquer canto.
Tomo a lágrima em riso Desolo toda tristeza...
Porque sua presença é a minha prece!
Ela é quem me torna a vida,
Quando o amor acontece.
E, ao seu lado...
É que me sinto cada vez Mais feliz.
De Magela
quinta-feira, 22 de março de 2012
Hoje, sonhei que te amava
Hoje, sonhei que te amava!
Sonhei com teus olhos...
Sonhei com teus olhos intensos,
E que a tua saudade se enchia
De luz.
No sonho...
A saudade te levava aos prantos.
Saudade com prantos significa amor...
Porta sem aviso da ilusão.
E os teus olhos me envolviam!
Parecia um abraço apertado, destes...
Que de envolvente para o tempo!
E no sonho, o coração, simplesmente disparava!
Sua boca foi se aproximando da minha...
Seu riso ficou morteiro...
Um beijo se intensificava...!
Ah! Hoje sonhei que te amava.
De Magela e Carmem Teresa Elias
segunda-feira, 5 de março de 2012
Palavras para mentir
Palavras para mentir
No absurdo...
A palavra é o grande obstáculo
Para a comunicação.
Amores e loucos não se expressão não!
O que sai é apenas a majestade da encenação...
Mais vale o beijo do que dizê-lo.
Mais vale a ação do que as palavras
Que representam o que é viver.
Vale mais a loucura a ter lembranças verdadeiras...
Mais vale ações bem intencionadas do que a intenção
Que revira o nada!
Duvidoso é o mistério na esperança de valores:
Palavras para mentir que explicam a emoção,
Ações e de dentro as dores.
De Magela
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
As correntes que arrasto pela noite
As correntes que arrasto pela a noite
O gosto do publico
É pelo exagero!
Dor...
Sofrimento, mortes e fantasmas.
Desmandos das fases decadentes...
Significando intrinsecamente,
Mais uma punição!
Os erros que não se deva cometer.
Função social dentro da moralidade,
Acalmar seus exageros, os exageros dos outros...
Com teatralidade!
E da realidade se esconder.
Mas eu vivo da saudade e,
As correntes que arrasto durante a noite
São na verdade:
O romantismo do amor e o seu açoite!
De Magela
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
É o que mais me conforta!
É o que mais me conforta!
Ás vezes, parece que não vou mais conseguir te ver.
Dá uma dor, uma vontade apertada em meio do nada...
Uma angustia.
Tento pensar em qualquer coisa para aliviar.
Às vezes, fico em silêncio...
Estando assim consigo ouvir o coração.
Na falta de socorro para um sentimento tão louco
É o desespero anula todas as palavras!
Às vezes, quero ir bem longe e sozinho...
Mas algo na alma não deixa!
Só faz pensar em você mesmo que para isso,
Eu venha me encher de defeitos...
Você é o veneno que para mim vira remédio.
E sempre quando estou assim, parecendo que fechei todas as portas...
É a lembrança do seu sorriso...
O que mais me conforta!
De Magela
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Há caminhos que só o amor responde...
Há caminhos que só o amor responde...
Das geleiras às primeiras corredeiras,
um pequeno rio faz julgo ao seu corpo.
Onde a pele da terra só pode ser escondida pelo leito das águas,
lá naquele pequeno mundo, o primeiro momento de um amor aflora.
Na natureza e no coração do homem
a diferença será sempre a intenção.
Pois, é da neve que se solta
o desejo mais ardente do verão.
E da noite em que se toca a transparência mais aquosa que se investem as mãos,
envolve-se a montanha... A seguir a explosão!
Serpenteiam os desfiladeiros enquanto aos beijos, os vales pecam o pecado dos céus...
É que há em tudo uma contradição: que afeta longe...
Qual nuvens altas sob os pés o curso do rio chega ao fim.
Dá-se a montanha por vencida! Mas um desejo leva a outro... e outro....
e, ao longe, uma enseada indaga um rio: Onde estão as águas que ao mar completam, mas também não bastam?
Há coisas que são tão próximas que se pode tocar.
Outras são possíveis, mas há que se valer de grande esforço
Há caminhos que só o amor responde, com a humildade de nunca questionar
as águas das chuvas, dos rios, dos mares e do seu olhar...
Carmem Teresa Elias e De Magela
Simplicidade para dizer que te amo
Simplicidade para dizer que te amo
Contentaria-me com o gesto mais simples do amor:
Aquele que possa dizer que se ama...
Aquele, cujo brilho fraco e terno da tarde
Aquietasse teus olhos, e o mar.
Mas dependo tanto das palavras...
Palavras, são cheia de defeitos: não conseguem tudo dizer...
O que fazer com um coração sonhador
Que vive buscando mais sentidos para esse amor?
Amar agora é uma metáfora sentida...
Sol e tarde. Personagem e sentimento.
O existir que depende das cores do pensamento...
Sozinha a tarde não basta!
E por saber que é preciso simplicidade para dizer que te amo...
O tempo não passa!...
De Magela e Carmem Teresa Elias
O teu desejo leva a outro e outro...
O teu desejo leva a outro e outro...
“Sete necessidades são básicas!”
Disse o filosofo.
Mas não explicou, por que um desejo leva a outro...
Por que te desmereço num olhar imemorável.
Animas e animus...
Segredo do meu gosto!
Tudo o que quero trago claro no rosto
Mas tenho medo de dar-te o desgosto.
Preciso do teu café...
Se ele for a explicação do que vejo
Deve haver naturalidade, num sorrir de verdade
E não no doce do teu beijo!
Brinda com ele a fé que há no inverno...
Por que o desejo do teu doce leva a outro, e outro, e outro?
Que posso gozar no teu céu...
E conhecer o teu inferno.
De Magela e Carmem T. Elias
O tempo só não passa na fotografia
O tempo só não passa na fotografia
Anotações escondidas num diário na gaveta;
Uma foto na espera silenciosa de que algo aconteça.
Dar algumas voltas é método do destino...
Quem sabe se algumas verdades ele não solta?
Olhando aquelas coisas, ali bem guardadas, lembrei de minha prisão,
Da perfídia das boas intenções que vira o amor, roubando palavras
Para esconder os fantasmas que a alma gospe...!
E sem dar maiores resignações...
Com a mesma sensação de quando se inspeciona o silêncio!
Percorrendo a saudade, como se ela fosse um simples diário!
Tendo entre as mãos do desespero, do tempo que só não passa na fotografia...!
E como pessoa não autorizada, a alma não se deixa penetrar por essa ousadia.
Meu amor não é vitoriano e dos bons modos!
Nunca buscou forma e confrontação...
Não soube de veneno; lábio embevecido!
Não ficou no passado, como um amor esquecido.
De Magela
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Como se as luzes de nossos corpos tivessem um único lume.
Como se as luzes de nossos corpos tivessem um único lume
Sou dessas raras pessoas
Que sente-se feliz por muito pouco...
Algo quase louco, ou pela música não cantada.
Pelas águas calmas de uma aventura, que apenas foi sonhada...
É que por meus dias cabem os berçários de muitos desejos.
Tartarugas em praias a espera das auroras claras.
Do acordar do sonho quando fica bom...
De se chegar a perfeição apenas com teus beijos!
A vida mais rara se contentaria assim...
Quando chega feito um clarão!
Precipitando a leveza das cores no coração,
E acrescentando beleza na praia.
Sinto que o caminho se faz, entre o chão, água e ar.
Sem nada tocar, talvez até levitar...
Sigo sem nome, idade ou lugar:
E da percepção uma consciência infinita apenas a dizer:
É com a alma das coisas belas que se pode amar!
Falar do amor com as ondas em noite de luar!
Viver momentos assim, em que coisa tão simples nos une,
Como se as luzes de nossos corpos tivessem um único lume!
Carmem Teresa Elias e De Magela
(Formol)
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