terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Como se as luzes de nossos corpos tivessem um único lume.


Como se as luzes de nossos corpos tivessem um único lume



Sou dessas raras pessoas
Que sente-se feliz por muito pouco...
Algo quase louco, ou pela música não cantada.
Pelas águas calmas de uma aventura, que apenas foi sonhada...


É que por meus dias cabem os berçários de muitos desejos.
Tartarugas em praias a espera das auroras claras.
Do acordar do sonho quando fica bom...
De se chegar a perfeição apenas com teus beijos!

A vida mais rara se contentaria assim...
Quando chega feito um clarão!
Precipitando a leveza das cores no coração,
E acrescentando beleza na praia.

Sinto que o caminho se faz, entre o chão, água e ar.
Sem nada tocar, talvez até levitar...
Sigo sem nome, idade ou lugar:
E da percepção uma consciência infinita apenas a dizer:

É com a alma das coisas belas que se pode amar!
Falar do amor com as ondas em noite de luar!
Viver momentos assim, em que coisa tão simples nos une,
Como se as luzes de nossos corpos tivessem um único lume!


Carmem Teresa Elias e De Magela
(Formol)