segunda-feira, 11 de maio de 2009


Quanto se morre por sonhar

Acorda do seu sonho e me diz:
Foi meu amor quem lhe conteve satisfeita.
Com isto, da-me aquele beijo.
Diz que sou como antes.

Que nossos corpos tem calor.
Que meus olhos buscaram seus desertos.
Que é tão bom ter-me aqui bem perto.

Em lembrar, que quase nada restou...
Quando nos lançamos pela noite escura.
Deitando, recomeçando, morrendo vivendo.
Quando estivemos juntos mais uma vez.

A chama que brilhava voltando a me buscar...
Cansado parei.
Acordei.

Voltei do fim do sonho...
Achei maravilhoso ter mais esta desilusão.
Porque já sabia, do quanto se morre por sonhar.


De Magela 11/07/1979 M07