domingo, 24 de maio de 2009


Atrás da vidraça a chuva não alcança.
Mas, mistura meus pensamentos.
Mistura-os as águas...
Sem quaisquer encantamentos.

Águas que rompem os vidros e molham o rosto,
Para resgatar uma lembrança ardente.
E a chuva corre tão fria...
Junto a uma emoção mais quente.

Fico mudo.
Inverte-se o universo, inverte tudo!
Quem deve correr a cântaros?
Quem enxugará o pranto?

Nenhum rosto desenha pingos escorridos.
Nem toda curiosidade é esse pecado.
Nos beijos, havia sobrevivido...
Do amor demasiado que tinha sonhado.

Com chuva, tudo lá fora se cobre com mágoas.
Se, do sonho voltei; precisarei de outra viagem.
Porque, nada se parece com minha inspiração
Na espera de estiagem.

De Magela