Primeira vez
Há um momento encolhido
Em que a poesia se parece
Com tudo o que vivemos
Em nosso verso sortido
Fogo de duas chamas
Fica dizendo no peito:
Morrer agora é proibido...
Preciso te amar direito
Curiosidade de amor...
Que fica espremendo meu texto
Tantos sentimentos sepultados
Querendo ressuscitar no peito
Que culpa há num olhar?
Na vontade apressada?
Na mão curiosa...
Do beijo e desejo de nossa primeira vez?
De Magela
(4e.)