É de ouro
A desprevinido olhar, não se sabe se é ouro, prata ou
madeira...
O que nesse peito o amor tem desenhado.
Mas, sabe-se cá, ser armação preciosa,
Tecida sem brincadeira.
Feita sem os tormentos das mãos apressadas.
Sem o calor dos corpos cansados.
Sem a sabedoria dos tempos...
Sem sossego adormecido.
Quão valoroso seria, saber de que foi feito de fato tua
emoção.
Saber se duraria pela eternidade tendo a dureza necessaria,
Ou, dissolver-se-ia em primeira afetação.
Logo, arrefecerá no ar gelado deste inverno,
O criativo esforço que nos beija o rosto
Mas saiba, é de ouro o amor que tenho o gosto.
De Magela