sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lirismo, defeito de nossa culpa


Lirismo, defeito de nossa culpa.



Amores sem tempo sofrem ao rever o último instante.
E não sabem dar rumo ao desatino e dizer o que vai adiante...
No amor não há nada que se possa explicar!
Sendo assim, faço rabisco no céu para sonhar.

Invento qualquer motivo...
Uma data, algo que se possa comemorar.
Quem sabe não possa mudar esse destino
De sublimemente voltar a te amar.

Mas agora, como excluir a saudade eu não sei...!
Não sei negar esta insensata verdade; imagem tóxica
De ficar pensando no amor e ter que me conter.

Não entendo palavras que no vazio sofrem caladas!
Não entendo o defeito que tem minha desculpa,
Que faz do lirismo o maior defeito de nossa culpa.


De Magela e Carmem Teresa Elias.