terça-feira, 30 de novembro de 2010
Perfídia umedecida
Perfídia que esqueço de forma umedecida,
Com tardia reconheço,...
Esclarece no peito, dizendo que seu amor pra mim é vida!
Que quando mais ardia, fez o desfavor que ainda cobra um preço.
E sem nenhum encaixe perfeito!
Zombando e fazendo sonhar...
Fazendo tudo parecer direito:
Subidas e descidas, iguais as ondas do mar.
Assim, fiz o que a vida imaginou:
Traduzi na poesia este ungüento meu!
Até aborrecer-me das mágoas que este amor ditou...
Buscando fazer mais rimas no universo seu.
É que, às vezes, o verso chora!
(Perfídia que esqueço de forma umedecida).
É assim que amo bem devagar...
Amo sem pensar: quem a minha solidão implora!
De Magela
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Estrela
Estrela
Sei que é difícil segurar lágrimas
Para não parecer sentimental demais...
É algo que faz doer o coração tomando conta dos pensamentos.
Deixando todos os momentos assim, banais.
Aquela vontade é de fechar os olhos...
Acreditar que tudo faz parte de um sonho...
Um simples sonho;
Que já vai acabar.
Mas, a realidade é mais dolorosa.
Sabemos responder a felicidade,
Por que não aprendemos a responder
A estes momentos?
Momentos em que a angústia faz uma simples pergunta...
E a resposta é uma afirmação delicada
Que não se consegue encarar:
Comigo você não está!
De Magela/Joani Barros
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Livros, não são xícaras de chá!
Livros, não são xícaras de chá!
Livros não são xícaras de chá
Para acalmar seus nervos!
A vida não é orvalho na manhã...
Para resolver angustias e medos.
Se, desistiu dos sonhos teus...
Não deve conhecer os segredos
Que escondo dentro dos olhos meus!
A boca dela ficou breve e pequena.
Aqueles lábios frios e parados...
Repentinamente tomaram cor e,
Ficaram quentes sem qualquer forma serena.
Blasonavam!
Saudade em demasia, sufoca!
O peito chove a alma...
Mas não anistia o que no peito se invoca!
Você é que é meu verso!
Meu verso de encantar, de sonhar, verso gostoso de pegar...
Apertou-me num beijo sem pestanejar.
.
Não quero ser teu chá! Não quero orvalho para explicar...
Não quero seus segredos...
Seus sonhos e seus apegos,
Mas quero sua boca na minha!
De Magela
A saudade é uma escada!
A saudade é uma escada
Alguns morando mais longe que a saudade...
Perdem sentimento e amor.
Por ruas de terras, nos subúrbios desamparados...
Na tristeza daquela hora dos olhos fechados.
Nos lugares mais imprecisos...
Aonde se solta finalmente o grito!
No ermo mais ermo, que às vezes bem, às vezes mal, conforme a lua.
Não infinito remorso de uma lágrima com o gosto do sal.
Na tabatinga impenetrável deste peito meu;
Que pela falta de água, perde-se na existência, do amor que esqueceu.
Que se aflora no amargo do sentimento, carregado das palavras sem cores...
Juntamente com a frieza das dores.
Na distancia sua, que fez luz o vagalume a Iluminar nossa estrada...
Alguns morando bem mais perto,
Descobrem que a saudade é uma escada
Mas do amor que sinto, não sabem nada!
De Magela
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Suspira o amor...
Suspira o amor...
O mundo suspira o amor...
E em qualquer sensação precisa ter ouvido.
O som do amor que a gente ainda sente...
Quando o tom das palavras acaba sem sentido.
É que o nosso amor ficou doente...
Absorvente ficou mudo.
Atacado da mais estúpida loucura
Que há num olhar: confundiu tudo!
Aflito!
Alegria que não passa...
Mais que um grito,
Sacrifício que à toa se desgasta!
Melancólico vento...
Sorriso da estrela dormindo.
O mundo suspirando amor,
E eu, gemido de saudade, ouvindo.
De Magela
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Recordação: poesia para você!
Há ventos que nos trazem pessoas...
E como se fosse um reflexo do tempo,
Mesmo em distância,
Perpetuam-nas em nosso pensamento.
São fotografias das quais a saudade
Terá sempre um dispositivo.
Como documento vivo guardado...
Revelado em memória.
Há pessoas que nos trazem ventos...
E como se fosse um reverso no tempo,
Ficam sublimemente presas em substância,
Revelando mais que os sentimentos.
São maravilhas, das quais a sinceridade tira uma cópia furtiva!
Tendo sempre a mão todos os seus negativos:
Perpetuando em cada momento, o amor, o sentimento...
Revelando sem constrangimento; toda história de nossa vida!
De Magela e Joani Barros
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Saberá que em toda manhã há uma certeza que não mente.
Dirá a certeza moldando idéias à clareza dos sentimentos...
Quando nuvens não são mais do que vultos.
Quando caminhando a beleza de nós se ausente:
Que o amor não mente!
Terei firmeza...
Quando seu olhar atrair mais atenção.
Quando a vida moldando desistir...
A alma branda se perder na espera.
Quando de saudade, sentires teu corpo no meu se comprimindo...
Tal qual, felicidade, vento e montanha!
Como o luar sorrindo sobre o mar,
Numa só forma distinta...
Saberá que em toda manhã há uma certeza que não mente.
Saberá o que todos sabem, sem eu ter que gritar:
Ferindo espinhos rosa a primavera...
Mas nunca deixei de te amar!
De Magela e Carmem Teresa Elias
Sou os galhos vazios, sem vozes e sem céu.
Lá se vai a tarde.
Não ouço nela o som de adeus....
Caminha sozinha procurando respostas;
Perguntando na manhã o que dura eternamente?
Frio e quente...
Sem socorro está a vida.
Árvores, bem-te-vi, sanhaço, tesourinha cantavam aqui.
Agora, com o vento: fugiram!
Lagoa chorando triste por alguém que partiu,
Vive sem garças!
Pássaro confuso...
Lá na beira do rio!
Quem banhará as folhas do chão?
Os galhos vazios, sem vozes e sem céu?
Quem ouviria se meu coração gritasse:
Que eu sou o sol! Que sou como o sertão quando finda a tarde...?
Sou o silêncio chorando de saudade
Para que o tempo passe...
Sou os galhos vazios, sem vozes e sem o céu,
Por favor me abrace!
De Magela e Teresa Cristina Flor de caju
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