quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Beija-mão


beija-mão

Esvaziado de sentido...
Fui buscar espanto na curiosidade.
Moderação, ela disse.
Deve-se seguir o cerimonial da verdade.

Dos olhos dela, a fina flor exaltava...
Poesia leve e sincopada.
Beleza, capricho da palavra!
Lisura e emoção suavizada...

Curvo-me à distinção que o amor faz de mim,
Quando harmoniza em gestos o sentido que havia colocado meu olhar no chão...
Da vida, nessa sensação aflita: beija-mão...
E, reinante, mantém minha devoção assim.

Montanhas ergueram-se nos mares quando a terra ainda era só uma ilusão.
Buscando teu amor, esvaziado de sentido, mesuro a intenção da investida...
Verifico que a saudade, de nós é a que mais fala,
Em sua dissimulação, arranca do peito o meu coração!

De Magela e Carmem Teresa Elias