sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Reviravam meus desertos
Reviravam meus desertos
Apesar de lhe tratar com carinho
E ternura...
Sinto vontade de escrever com os desejos,
Mas não sei como, me componho.
Freio os beijos.
E a boca encerra o dilema assim:
Nunca beijando o seu principio...
E nem conhecendo o seu fim!
Porque em meio à vontade,
Vieram teus olhos curiosos...
Que mesmo fechados,
Reviravam meus desertos,
E o que havia dentro de mim.
Teu beijo cigano gira meu corpo...
Levanta areia e rodopia em dança.
Se um beijo nada deseja...
Mas meu coração te almeja e canta.
De Magela e Carmem Teresa Elias
Indolência
Indolência
Indolência é amor sem pecado...
Travessura, talvez sem o certo e errado.
É a nitidez com que te trago comigo...
Revirando nos versos, meu próprio castigo.
Indolência é ter que esperar...
Na boca os risos e lucidez que pode me dar.
Indolência é meu medo de te perder...
De te amar mais que a vida, e nunca te ter.
Indolência é a poesia...
E a poesia é um estado de amor.
Que mesmo na saudade...
Escreve-se com dor.
De Magela e Carmem Teresa Elias
O que seria o amor...?
O que seria o amor...?
(se eu dissesse que te amo mais ainda!)
O que seria o amor...
se não existisse o perdão que só a tua presença traz?
Será que haveria esse sono a escurecer a noite,
e os segredos que no teu coração se escondem?
Poderia o amor romper-se em luz, a brilhar no meio do dia,
Fazendo olhos incandescentes?
Haveria alguma ilusão em namorar estrelas...
Quando essa flama supera a solidão de quem é triste?
Conteria equilíbrio o amor com harmonia, inventando, perdoando, refazendo o que nem existe?!
O amor dispensaria a terra, o céu para flutuar distinto no espaço?
Onde o coração é apertado e o infinito fica mais claro...
E no avesso da imensidão que meu peito ironiza em poesia...
Haveria uma emoção mais fria a se debater na espera da tua vinda?
O que seria a imensidão ao teu lado, se eu dissesse que te amo mais ainda?!
De Magela e Carmem Teresa Elias
Tramas
Tramas
O que tramas com palavras, quando tenta compor o enredo de nossas vidas?
Espera suprir com gosto, outra ausência sentida...?!
E, tanto disseram saudosas...
Deixou que a pressa desse a última lida.
É que, até as palavras sentem tua falta!
Sentem falta do teu apego...
Gingado os corpos, escorrega o som por tuas mãos,
Que a poesia, delira no momento em que o silêncio dispensa fingimento...
Meu amor não depende dessas leituras...
Não se escreve com palavras,
Na distancia nunca se conforta!
Escreve seu próprio final e com voz emudecida, isenta-se de justificativas.
Porque nossa historia traduz-se por dentro,
Na solidão de um segredo, nos receios da expectativas!
De Magela E Carmem Teresa Elias
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Beija-mão
beija-mão
Esvaziado de sentido...
Fui buscar espanto na curiosidade.
Moderação, ela disse.
Deve-se seguir o cerimonial da verdade.
Dos olhos dela, a fina flor exaltava...
Poesia leve e sincopada.
Beleza, capricho da palavra!
Lisura e emoção suavizada...
Curvo-me à distinção que o amor faz de mim,
Quando harmoniza em gestos o sentido que havia colocado meu olhar no chão...
Da vida, nessa sensação aflita: beija-mão...
E, reinante, mantém minha devoção assim.
Montanhas ergueram-se nos mares quando a terra ainda era só uma ilusão.
Buscando teu amor, esvaziado de sentido, mesuro a intenção da investida...
Verifico que a saudade, de nós é a que mais fala,
Em sua dissimulação, arranca do peito o meu coração!
De Magela e Carmem Teresa Elias
O que seria o amor...?
O que seria o amor...?
(se eu dissesse que te amo mais ainda!)
O que seria o amor...
se não existisse o perdão que só a tua presença traz?
Será que haveria esse sono a escurecer a noite,
e os segredos que no teu coração se escondem?
Poderia o amor romper-se em luz, a brilhar no meio do dia,
Fazendo olhos incandescentes?
Haveria alguma ilusão em namorar estrelas...
Quando essa flama supera a solidão de quem é triste?
Conteria equilíbrio o amor com harmonia, inventando, perdoando, refazendo o que nem existe?!
O amor dispensaria a terra, o céu para flutuar distinto no espaço?
Onde o coração é apertado e o infinito fica mais claro...
E no avesso da imensidão que meu peito ironiza em poesia...
Haveria uma emoção mais fria a se debater na espera da tua vinda?
O que seria a imensidão ao teu lado, se eu dissesse que te amo mais ainda?!
De Magela e Carmem Teresa Elias
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Inacabada
Inacabada
Há muita coisa inacabada dentro de mim, e você é uma delas.
Na geografia desse mapa, faltam as nuvens altas, e relevos.
E aqui dentro, nesta história...
Falta a loucura de um quase-romance.
Momentos que se perde a cabeça deixam seus muitos traçados...
Linhas sem definição de olhares improvisados!
Mares a gritar sem terem seu ungüento.
Toda essa calma a mudar minhas idéias, te confesso; não agüento!
Não há vento que seja metódico!
Não há beijo com planejamento...
Não há vida, quando é o personagem quem nos altera e,
Como montanhas altas da lembrança do descontentamento!
Não há tempo que adapte mudanças que não deixam repensar teus traços.
Registre esse fato amor: nuvens altas, precipícios das incertezas...
Há muita coisa inacabada me deixando assim e,
O que farei sem o teu abraço?
De Magela e Carmem Teresa Elias
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Baía fria
Baía fria
Não é assim que funciona...
Quero mais!Quero-te perto quando a noite vem
Quero teu tudo, porque só assim recomponho
Uma saudade que só a noite têm!
E mesmo assim...
Os barcos param na enseada de Botafogo,
Quando só uma coisa me conquista...
Quando descubro que do mar, o sonho é o maior navegador.
São nessas noites quando o mar sabe,
Sabe das minhas lendas, e das minhas ansiedades.
Sabe das horas que na madrugada...
Procuro no céu e a baía fria não vejo mais.
Porque o tempo é isso: murcha as flores para nascer o fruto.
E o amor se dá pelo sacrifico da dor reconhecendo suas intenções...
Mas em meu peito não é assim que o amor funciona:
Busco somente a lua e na madrugada fico esperando o teu sorriso neste cais.
De Magela e Carmem Teresa Elias
(104/CTE-DM/11-2011)
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