segunda-feira, 25 de outubro de 2010
E desaba no meu verso!
E desaba no meu verso!
Na sedução dos teus olhos
Não se emprega força alguma...
Ao contrário do que sinto;
Nem noticiam o meu desespero!
Nem ao menos!
Defende-se da paixão que causou.
Desabando feito capricho...
Este arsenal de amor antigo.
Andarilho de sentimentos...
Louco, aflito e dos retalhos....
Declamados na emoção,
Deixando o coração em frangalhos.
O amor que provém dos meus sonhos
Fica amontoado na imensidão da alma.
Feito da intensidade do universo
Defende-se da paixão desmazeladamente, e desaba pelo verso.
De Magela
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O que tanto o amor cochicha?
O que tanto o amor cochicha?
Completei meio de improviso...
Quando suas palavras diziam baixinho:
Que o amor estava logo ali,
E sem as rimas apressadas no caminho.
Percebi que tudo ia se modificando.
Que temas leves não saciam os medos!
Que a poesia, se escreve nos lábios...
Nos vários estilos que têm os desejos!
Completei seu verso de maneira sutil:
Sem rimas, engodos ou companhia...
Fiz daquele momento meu;
Leveza misturada com o seu carinho.
Descobri que a poesia de nossos corpos colocados não se modifica...
Procura descrever a clareza que questiona baixinho:
O que tanto a gente sente e,
O que tanto o amor cochicha?
De Magela e Carmem Teresa Elias
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Molha as palavras...
Molha as palavras nas horas mais incertas, o meu verso!
Sem nunca socorrer-se desta traição...
Medos inconseqüentes da alma inquieta
Ficam machucando o sentimento em conspiração.
Cinqüenta anos insignificantes de rosto e de corpo...
Conquanto fosse, tinha nas palavras o mais fiel manifesto,
Só que do amor nunca fui socorrido.
E sem qualquer gemido, molha o silêncio de mais um verso.
É bem misterioso gostar da solidão que às vezes peço.
Perder-me no contexto em que vaga a imensidão!
Sem qualquer guarida... Tendo apenas, caneta, papel,
E ilusão.
Por isto, vou além quando nesta me comprazo!
Dou vida a esses momentos para revelar que não há mistério algum:
O segredo é te amar mais que a compreensão,
Pois mesmo na solidão do amor sempre somos um.
De Magela
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Borboletas e solidão
Borboletas e solidão
Cisma de plantar dissabores,
Diz a realidade das palavras sem hora certa.
Diz isto, em meio a essa festa de flores...
Cores e mais dores.
Esse temperamento da doçura e perdão...
Que quase desequilibra,
Na conversa com a tristeza e,
Pondo termo ao coração.
Sonhos que moram longe
Perdem- se no caminho...
É desordem na solidão,
Que com dor e alegria sempre vêm e não sei de onde.
Cismo mais que sofrido.
Molho com palavras a tristeza mais incerta...
Neste amalgamar da imaginação e a alma dileta,
Transformando borboletas em solidão.
De Magela
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Hoje, o amor me abraça!
Hoje, o amor me abraça!
Gostei de ter reencontrar...
Ver nos seus olhos o mesmo texto.
Poder adorar sua beleza sem requintes,
E, mais uma vez, envolver-me com sua poesia simples.
Hoje, o amor quer me abraça,
È mais envolvente do que outrora...
Usa um tom mais alegre e vibrante,
Do que quando você foi embora.
Visto no olhar...
Aquela rima antiga.
Para viver, amar, sorrir e sonhar...
Lembrando a forma amiga que me fez apaixonar.
Se meu coração diz...
Que na saudade também vive a liberdade!
Há na afirmação uma forma intensa de sentir,
Se meu olhar lê no seu mais que esta verdade.
De Magela e Carmem Teresa Elias
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