quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Sem nada vestido
Sem nada vestido
Através da janela do mar
Ouvem-se os ruídos dos temores
Daqueles que por ventura de alguma incerteza
Naufragaram sem os seus amores
Mas quando fito o seu olhar
Ouço os suspiros que o amor pode me dar
Mesmo aqueles escondidos, atrás das paredes fortificadas
Deste meu coração
Por isso, vivo contemplando seu crepúsculo
Navegando em busca desse impossível
Quantas vezes me desfaço do alvoroço
Que a solidão transforma numa ilusão?
Quantas vezes...
Estou só na lembrança de seus olhos que me comprazo?
Eu sei que para alguns o mar é enfadonho
Mas eu vivo sem nada vestido; perdido neste sonho.
De Magela