segunda-feira, 5 de maio de 2014



Quando a lua se esquece do sol

Restou sozinho o calor do sentimento...
Fechou-se assim, uma janela emoldurada,
Em que o peito pedia estar com ela,
E mais nada.

Que noticias se tinha daquele amor e daquele rosto...?
Aquele corpo medroso que pelo frescor da idade,
Vivia feliz, advertida de qualquer desgosto...
Mocidade...Teu riso é faceiro.

Mas devo remediar;
Deixar de falar que a amo tanto,
Q que para ser feliz, nesta lembrança,
Me apego em acalanto.

Quando a Lua se esquece do sol, que mais rogos faz minha prisão?
Quando o céu, pelo exercício do mundo, se escurece transtornado
É nesta hora que meu amor passeia agradável nos porões do coração,
Como se com ela tivesse sonhado!


De Magela