Tua saudade ainda é bela
Me fala que não me esqueceu?!
Que ainda arruma as carteiras, após as aulas,
E faz delas o seu trem...?
Ainda separa meninos e meninas antes que a viagem comece?!
E à noite...?
Lá estarão todos à mesa, fixados na mesma oração?
Da mãe, o mesmo sorriso, sopa, frio e a certeza:
Há muito amor em seu coração.
Chego agora em qualquer lugar...
Vou consertando a estrada do meu caminho,
Mas noto que é só poeira e cansaço...
Sem um minuto sequer de emoção, ou de um abraço.
Vou indo por aqui...
Ouvindo os sabiás que gostam de cantar.
Cantam bem cedinho perto à janela...
Parecem avisar que a saudade tua ainda é bela.
De Magela/Teresa Cristina Flor de Caju
quinta-feira, 28 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Só uma vez na vida
Em minha infinita tristeza,
Acontece que me escreves...
Mesmo distante sei, que de lembrança em lembrança,
Tanto um verso, uma palavra pode dizer.
E vai por aí, meu amor, na saudade...
É como água de um rio e na adversidade,..
Que podes tocar, encantar-se e, maldizer,
Mas nunca poderás conter.
Como as águas que vivem livres e soltas...
E que em muitas vezes são prantos sem guarida,
Ah! Amar como eu te amo, é só uma vez na vida.
Relendo-te refaço o sonho...!
Amando-te, perco-me no controle da emoção,
É assim que as palavras gritam em meu coração.
De Magela/Teresa Cristina Flor de Caju
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Festa à São Benedito
Ontem na Penha...
Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário,
Comunidade dos homens pretos,
Teve festa a São Benedito.
Congada, maracatu, Congo de Mina, cânticos em oração.
Pequeno rancho de pessoas ali se aglutinava...
Na alegria dos rostos: negros, brancos, bolivianos,
E transeuntes curiosos pela movimentação.
Em uma das famílias negras, a filha perguntava ao pai:
Aquela criança que São Benedito carrega é o menino Jesus?
- Alguns devotos acham que sim, mas ela é a representação
De seu primeiro milagre.
São Benedito era escravo, tinha boa cabeça,
Tanto que o Sinhô deixou-o escolher o que queria ser.
Escolheu ser um franciscano e para lá foi entregue.
E aprendeu sozinho a ler...
Trabalhava na cozinha e escondido ajudava os pobres
Pegava a comida que sobrava e distribuía...
Certa vez, uma senhora com um menino doente
Já desenganado, uma cura lhe pedia.
Eu não curo minha senhora!
Quem cura é Deus, assim ele dizia.
Vamos ajoelhar e pedir com fé
Que Deus haverá de curar.
Com o menino nos braços
Fechou os olhos e pediu
São Benedito é reza forte: quando parou de rezar o menino
Estava sentado em seu joelho, e para ele sorriu.
De Magela
(Dedicado a Vó Dora)
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