Sem deixar recado
O som de um instrumento ao longe
Faz palpitar...
È como se aquela melodia fizesse
Alegre um instante.
Toca o vento na janela clamando um lugar...
E por pequena fresta, teimosamente quer entrar.
É saudade rompendo barreiras,
Esforçando-se por fazer lembrar.
Quero gritar e não consigo
Quero que o tempo passe rápido, mas não passa.
Quero escrever palavras, mas parecem agarrar-se,
Não querendo me deixar.
Preciso da minha alma nua, apesar dos pudores...
Preciso tirar essa falta, doença, de maus amores
O sino da igreja toca longe...
Esta perguntando: quantas notas são necessárias ao poema?!
Abro a janela...
O vento já foi.
Era a saudade em aspirou no coração,
Que chega e vai sem deixar recado levando a inspiração.
Beatriz Germano/De Magela