domingo, 20 de maio de 2012




Amor e desejo são venenos




Amor e desejo são venenos

Quando juntos estão,

Além da distorção que fazem,

Deixam estragos no chão.



Um beijo molhado pode estar cheio de veneno...

E não causar estapafúrdia! Amor perto do desejo enche de defeitos...

Tudo distorce. Diz que não tem culpa e que não faz como a ilusão!

Só magoa a verificar a intenção...



Faz-se de humilde...

Diz-se descrente.

Diz que vive preso...

Que é carente!



Amor torna o desejo sequioso,

Como carinho que não sabe dizer adeus...

E quando o desejo excede e quer terminar,

Passada a euforia, o que fica e um nó peito.



E ai que o amor faz doer...

Começa a chorar.

Mas já o desejo...

Desejos são ingratos, logo estão em outro lugar.



De Magela






Rapsodos




Contadores de histórias

Populares em seus versos simples

E sem forma.



Que se dirigiam ao povo

Ao invés de guardar a prosa

Em mosteiros a sete chaves.



Experiência viva que dramatiza a vida

Disfarces dos anjos, para que a população,

A linguagem admirasse.



Historia sem imagem...

De onde nasce o teatro.

Nobreza do artista ambulante e dos versos populares.



De Magela


Dor




Palavras prontas,

Preparadas há muito tempo

Por quem gosta de escrever demais.

Passados... Alegrias, nostalgias e tudo mais!



Porta aberta de alguém que lá deixou algo preso...

Olhar de fato, por rever sem conter todos os termos.

Se falei, falei de meus medos e tristezas,

Coisas que para o mundo, há muito o quê falar.



Ninguém repararia novamente em mim se não fosse assim solitário,

E o fracasso no amor, dessas coisas que se dilui mais ou menos...

E que para consertar – não dá mais tempo.

Já que a vida ficou fechada em uma gaveta qualquer do coração.



Superficialidades, esconderijos...

Histórias fatídicas alem do que preciso.

Por isso, quando te ouvi falar,

Lembrei do tanto que guardava, até ficar assim.



De Magela e Carmem Teresa Elias




quinta-feira, 17 de maio de 2012















Falta lucidez para explicar meu verso




Tolhe, machuca e embaça!

Nitidez de existir que a solidão maltrata...

Perdido em ausência no espaço infinito,

Átomos e células taciturnas procuram o teu corpo,

E a essência da tua alma.


É na saudade que falta a imensidão!

No momento negro de quem tem um amor.

No calor e no brilho da estrela que se entrega finita...

Falta de lucidez para explicar meu verso!


É nesta hora derradeira que me falta o teu corpo!

É que me falta desculpa...

Na imprecisão de matéria!

E da compreensão mais oculta.


Quando sua ausência subjuga com realidade!

Quando o brilho de teus olhos parece profano!

Perdido na imensidão desse espaço...

Eu grito desesperado o quanto ainda te amo!



De Magela/Carmem Teresa Elias









quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ao teu lado


Ao teu lado

Ao seu lado
Vou a qualquer canto.
Tomo a lágrima em riso Desolo toda tristeza...

Porque sua presença é a minha prece!
Ela é quem me torna a vida,
Quando o amor acontece.

E, ao seu lado...
É que me sinto cada vez Mais feliz.


De Magela