quinta-feira, 30 de junho de 2011

A menina e a rosa


Quando escrevo


Sei que não sou pertinente quando escrevo...
Que guardo palavras em pequenos segredos,
Temendo que a felicidade possa ir depressa embora.
E o que escrevo não depende de beleza, por ser aquele instante mágico,
Em que a perfeição fala à clareza dos versos de outrora.


Sei.
Sei descrever sem qualquer léxico!
Sei de fato que, posso ser eu mesmo, se você fizer parte do conceito.
Sei que o amor não tem compromisso certo e vive sem nexo!
E que ninguém o entende direito...

Sei que quando acordo, sinto seu cheiro antecipando a manhã...!
Como um café quente exalando palavras a procura de encanto...!
Ensaiando o beijo com sabor dos lábios seus e,
Misturando coisas tolas, só para dizer o quanto te amo.

Sei que é assim que a minha vida faz sentido!!!
Completando em pensamento cada detalhe que antes havia esquecido...
Sei que não sou pertinente ao descobrir nos seus olhos e na luz que vem surgindo:
A beleza, o gosto e o gozo das flores que vão se abrindo...

De Carmem Teresa Elias e De Magela


(Imagem obtida no Google com o tema: a menina e a rosa)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Deturpação




Deturpação



A certeza das coisas boas convive com a natureza e os animais...
É o que permite aprender e compreender o mundo.
E mais a essência divina do ser...
Quando tudo anda aos anseios por ai.

Entendo as razoes do mar.
Entendo as razões da lua...
Das matas, dos desertos e das estrelas...
Mas, não entendo a formosura sua.

Essa matéria sorrida que dá curva ao relevo da terra,
Palavras africanas que soam bem, mas não dizem o que há na guerra.
Guerra ou benção divina sobre a relva?
Por que falar do meu amor da a sensação de respingos com o frescor da simplicidade...?

Não há explicação no universo para o marulho dos teus olhos encontrando os meus...
O que dizem ao silêncio em uma forma tão soberana!
É de tão perto que percebo que o brilho das estrelas é uma deturpação...
Quando intensamente se ama.



De Magela e Carmem Teresa Elias

Amor e poesias, absurda insensatez.


Amor e poesias, absurda insensatez.


Ela chegou bem pertinho...
Olhou bem dentro de meus olhos e foi dizendo:
A poesia é uma insensatez!
Fala do amor que não se vê.

Fala da tristeza que se têm,
Fala do que somos capazes de suportar...
Para definir no coração...
Tudo o que não se crê.

Ao ser abstrata a sensação mais concreta
Dá corpo às palavras que não queremos dizer:
Quando o amor tem sua música invisível,
E que os insensatos não podem saber.

Mas sua boca era tão macia...
Ficava mais infinita afirmando,
Que a insensatez é tudo!...
É tudo para quem está amando.

A insensatez é conjuntiva!
É trajetória humana de nexo e domínio sobre as coisas...
É parte da química, da física e da matemática
Explica até o caos!

Talvez, o amor e a poesia sejam o mais absurdo da insensatez...
Pois, se toda certeza fosse a esperada...!
O mar deveria apenas banhar detalhes de um corpo
E não afogá-lo, como faz seu amor: em águas!



De Magela e Carmem Teresa Elias

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Perto dos teus olhos eu estou em casa ( Perfil)





Em meu ser, lutam e convivem tantos outros estranhos perfis,
Que nem sei, se ao menos sabem de mim...
Ouço suas vozes e gritos.
No silêncio em desespero, desses corpos aflitos.


As perguntas são muitas,
Mas, temo não me responder...
Sou uma confluência de vozes
Que clamam por vida, na ausência de você.

Na forma da dor apertada...!
Nos sentimentos que só mim são visíveis...!
Na saudade, na solidão, no Flagelo...!
Na volúpia das figuras inumanas, descontroladas e sensíveis.


Não sei mais se é assim...!
Não sinto mais o gosto das coisas...
Não separo o medo intruso
Para que o amor vença!


Na fúria da aceitação, ou na mansidão da recusa,
Atiro palavras a ti, porque você é mar...
É o meu momento que vence o silencio da noite
Para recriar absurdos!

É o verdadeiro poema e eterno...
Que a vida resgata em poesia
Quando perco a coerência dos teus olhos
Sonhando alegria.

Em meu ser lutam perfis estranhos que não sabem de mim.
Soubessem, por-me-iam vestido sobre tuas águas.
Eu nunca perderia as palavras e os caminhos...
Porque, perto de teus olhos, estou em casa.

De Carmem Teresa Elias e De Magela

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Tabuleiro de xadrez


Tabuleiro de xadrez

Na vida sou seu tabuleiro de xadrez:
Limites traçados para o amor em preto e branco
Entremeios de desejo e desprezo...

Jogo a saudade entre as torres de seus medos
Galope de sentimentos sem trégua para astúcia...
Tombando o rei, tomba a rainha, e não basta a escolha dos seus dedos.

Amor não se movimenta ao acaso!
Emoções deturpam-se neste espaço da vontade,
E quando a noite me vence toda negra: Chega a lua...
Seu convite é mais uma jogada de quem quer amar de verdade!

De Carmem Teresa Elias e De Magela

sábado, 4 de junho de 2011

Valdeava o tempo




Vadeava o tempo...
Durante alguns minutos aprendendo no silêncio alguma coisa
Que justificasse o clamor;
Por que será que o tempo não sente dor?

Silêncio!
Vida de sonhador.
Não estrague sua ilusão...
Não estrague seu amor!

Vida de inventor.
Para quem, insensato é o destino.
Para ele, tudo se ajeita na dor...
Tudo se explique com silêncio.

De Magela