quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Onde?


Onde?

Onde mais posso encontrar,
Essa vontade louca que não quer calar...?!
Dos mistérios, além, tem o que em palavras
Nenhuma resposta carece ocupar.

Assim vivo errante...
Sem um discurso elegante.
Percorrendo versos sem nomear os sonhos,
Libertando melodias para reger a vida!

Nada transforma mais o silêncio do que a sua voz!
É quando a saudade que sinto desafina.
Nas notas altas compõe sinfonias...
Recados mal escritos quando a noite desatina.

O que sinto chega a ser um tormento:
Louca vontade encontrando-se com a sorte.
Sem requerer mais, qualquer sentimento...
Desafia no amor a própria morte!

Carmem Teresa Elias e De Magela

Espera


Espera



Fico sempre a sua espera...
Na espreita fanática do vento,
Que persegue seu cheiro,
Em uma imagem tão conhecida.

Visto-me com flores...
Ornamento e perfume de outrora,
Na ânsia discreta que me escolhas,
Como os jasmins entre as rosas.

Não há amor que não entenda
O fanatismo desta hora...
É assim que justifico esse sentimento
Louco e fervoroso, sem rumo e sem forma!


Como pétala solta mesclando-se no tempo...
No fantástico rodopio que o amor destroça.
Na lembrança de seu abraço e do seu beijo
Que a saudade não conforta.



Carmem Teresa Elias e De Magela
(mol/epv/4e)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Amor e fé (coisas que o vento leva)






Repleta de palavras estava a folha...

Nela, se compunham versos ardilosos

Cheios de amor,

Que fiz para você.



Numa pausa e sem deixar contemplação...

Passei devaneando, olhando da janela, o cume da catedral.

Tudo o que sinto por ti, se torna amor e fé...

Se for mais que isto, não sei dizer o que é.



A janela estando aberta

Deixou o vento entrar.

Vento, fiel amigo de todas as horas,

Sagazmente levou o que escrevia embora.



Sempre há palavras que se possa recompor,

Exceto - palavras carregadas dos sentimentos:

Ditas na alma...

Escritas num momento de amor.



Ademais, palavras nada mais são do que palavras...

Em palavras o amor não se apega!

Se meu amor não merecer o seu...

Que seja também assim: coisa que o vento leva!



De Magela

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

"Despido"



"...na sua frente o amor se faz tão presente que me sinto despido."



De Magela/Molmbb

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tarde buscando a noite





Gosto quando transforma tudo em sonho...
De quando se avista a casinha do João-de-barro.
Das copas das árvores espalhadas pela vida...
E misturando a tudo isso, o olhar seu!

Coloquei outras palavras na hora de decifrar
O que (tu) sentia, e não valeu.
Como mãos buscando apego
Na certeza que nunca aconteceu.

Quando a leveza do verso alcançar seu coração,
Fazendo rever aquela casinha no pé da serra...
Quando o silêncio fizer da tarde, sua amplidão...
Fica menina triste não! Não fique não.

Eu na rua, disto não gosto...
Do crepúsculo buscando a noite,
Fazendo a vida bem pequeninha,
Que até a saudade vai ficando sozinha...

E de ti eu gosto mais ainda!
Quando gosto transformo tudo em sonho...
Fico preso no seu olhar sem que haja açoite!
Que pareço menino triste: tarde buscando a noite.


De Magela